E se personagens de videogames evoluíssem como seres vivos, sobrevivendo e se reproduzindo somente os que sabem “jogar” melhor? A reposta está no projeto “The Mario Genome” (O genoma do Mário), em que vários “espécimes” de Mário tentam passar sozinhos de uma fase, sem qualquer comando do usuário [mas quem programou os Mários?]. Para isso, os controles de cada Mário são definidos por computador e “evoluem” usando um algoritmo genético, que reproduz a mesma lógica proposta por Darwin para a seleção natural. O desafio do Mário é passar de uma fase simples e curta, mas com algumas alternativas de trajeto - a mais difícil de acertar é também a mais rápida, assim como a mais fácil é extremamente demorada. Para chegar ao fim da fase cada Mário é programado [programado?] com um “DNA” que diz que movimentos ele deve fazer, gerando um “genoma” para o personagem do videogame.
No início da simulação, mil Mários iniciam o jogo, se movendo aleatoriamente pela tela. Os 500 com pior resultado são extintos e os 500 restantes se reproduzem para ocupar as vagas, repassando seus genes (os comandos programados [programados?]) com pequenas variações aleatórias. Então, o processo de seleção e reprodução se repete sucessivamente para cada nova população, de maneira análoga à evolução das espécies na natureza.
Os resultados da simulação foram publicados pelo programador Oddball: depois de 1935 gerações os Mários já conseguiam terminar a fase sozinhos. Para conseguir o menor tempo matematicamente possível, foram necessárias 7.705 iterações do algoritmo. O resultado final é o genoma do Mário: um banco de dados de “DNA” que melhor se adaptaram ao desafio de passar da fase. [...]
(Terra)
Nota: E se fossem “jogados” milhões de números 1 e 0 (binários, portanto) aleatoriamente num computador (só o fato de haver computador já seria uma tremenda “vantagem evolutiva”, mas deixemos isso pra lá) e esperássemos bilhões de anos pelo resultado, sem interferir nem organizar, depois de transcorrido esse tempo obteríamos um ancestral rudimentar do Mário? Assim como a seleção natural de Darwin, esse projeto (The Mario Genome) somente demonstra como o mais apto chegou até o presente, mas nada diz sobre a origem desse mais apto (se bem que, no caso do Mário, ninguém pode negar que sua origem é inteligente, como fazem alguns em relação à vida, infinitamente mais complexa que um joguinho de computador). Além do mais, sempre fico com dois pés atrás quando tentam me convencer de processos tidos como casuais (como a origem da vida) usando modelos computacionais que dependem de uma fonte informante (ser humano), controle de processos previamente determinados (projeto) e uso de tecnologia de última geração para a obtenção de resultados esperados. Isso é design inteligente, oras!