Firmados na Rocha
Eu lhes mostrarei com quem se compara aquele que vem a Mim, ouve as Minhas palavras e as pratica. É como um homem que, ao construir uma casa, cavou fundo e colocou os alicerces na rocha. Lucas 6:47, 48
A história não trata do clima, nem de frentes frias ou de zonas de convergência do Atlântico Sul, nem de rajadas de vento, mas Jesus falou de chuva e do transbordamento de rios. A tempestade veio e atingiu duas casas. A diferença entre as casas não era percebida exteriormente. De longe, pareciam iguais, mas somente aquela que estava construída sobre a rocha é que permaneceu. Era a casa do homem prudente. Ele a construiu levando em conta uma futura tempestade. E quando a tempestade se abateu sobre a casa do insensato, ela se desintegrou. Foi levada pela enxurrada.
Dois homens, duas casas. Há somente duas maneiras de lidar com a vida e construir o caráter: podemos construir sobre a areia ou sobre a rocha.
Podemos ter duas pessoas que frequentam a igreja, chegam pontualmente aos cultos, levam a Bíblia, cantam os mesmos hinos. A diferença está entre quem ouve e internaliza o que ouviu, e quem ouve, mas não reconhece nada que seja útil para si.
A tempestade é um teste que cada ser humano tem que enfrentar na vida. Ela provará com absoluta fidelidade quem é trigo e quem é joio, e sobre que solo edificou. É ela que vai fazer a diferença. Usamos a expressão “tempestades da vida” para tentações, sofrimento, dificuldades financeiras, problemas matrimoniais.
Não podemos escolher se vamos enfrentar ou não a tempestade, mas podemos escolher os fundamentos sobre os quais colocaremos nossa fé. Você está colocando seu fundamento sobre o frágil chão arenoso ou cavando fundo para ter certeza de que seu fundamento está sobre a Rocha? Onde você está construindo?
“Contudo, veja cada um como constrói. Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo” (1Co 3:10, 11).
“Deus espera que edifiquemos o caráter de acordo com a norma que pôs diante de nós. Devemos colocar um tijolo após o outro, acrescentando graça a graça, descobrindo nossos pontos fracos, e corrigindo-os de acordo com as orientações dadas. Quando se vê uma fenda nas paredes de uma mansão, sabemos que algo está errado no edifício. Na edificação de nosso caráter, frequentemente veem-se fendas. A não ser que tais defeitos sejam remediados, a casa ruirá quando a tempestade da prova a atingir” (Ellen G. White, Orientação da Criança, p. 165).