Ensina-nos a Orar – 2
Porque o seu Pai sabe do que vocês precisam, antes mesmo de O pedirem. Mateus 6:8
Com tantos exemplos de oração no Antigo Testamento, por que os discípulos pediram: “Ensina-nos a orar” (Lc 11:1)?
Na segunda tríade de petições do “Pai Nosso”, Jesus parece ter incluído as preocupações da vida humana. Todas as três estão na primeira pessoa do plural: “dá-nos” (Mt 6:11), “perdoa as nossas dívidas” (v. 12) e “não nos deixes” (v. 13).
“Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” (v. 11). É bom saber que Jesus não passou por alto nossas necessidades materiais. Ele mesmo proveu o vinho para uma festa, pão e peixe para a multidão.
Quando Ele ensina a orar dizendo “nosso pão de cada dia”, está incluindo o que é básico para nossa vida. Ele está falando de saúde, roupa para vestir, teto para abrigar, trabalho, estudo, etc. Portanto, devemos demonstrar nosso agradecimento a Deus por isso.
“Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores” (v. 12). Jesus também ensinou que devemos orar pelas necessidades espirituais e emocionais.
Já que o problema do ser humano é o pecado, uma das petições centrais do Pai Nosso é sobre o perdão. Levamos a Deus nossos pecados e nossas falhas e, ao receber o perdão, somos objeto da graça de Deus. Por isso, devemos também estender o perdão a outros. “Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 113).
“E não nos deixes cair em tentação” (v. 13). Ou, como diz outra tradução: “Concede que não fracassemos no dia da prova.” Aqui admitimos nossa fragilidade e nosso medo de vir a pecar. Levamos a Deus nossa vulnerabilidade, porque sabemos que lutamos contra um inimigo que conhece nossos pontos fracos. “Deus é fiel; Ele não permitirá que vocês sejam tentados alem do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, Ele mesmo lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1Co 10:13).
Deus sabe o quanto podemos suportar, e devemos pedir-Lhe força para resistir. “À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 118).
A oração do Senhor faz jus ao seu nome, pois nela temos nossas necessidades supridas, nossos pecados perdoados e nossas tentações vencidas.