A Graça do Perdão
Então mandaram um recado a José, dizendo: “Antes de morrer, teu pai nos ordenou que te disséssemos o seguinte: ‘Peço-lhe que perdoe os erros e pecados de seus irmãos que o trataram com tanta maldade!’ Agora, pois, perdoa os pecados dos servos do Deus do teu pai.” Quando recebeu o recado, José chorou. Gênesis 50:16, 17
O perdão é como a chuva: lava a culpa e a vergonha, tornando-nos limpos novamente. O perdão é como o vento: sopra para longe a sujeira e a imundície. O perdão é como a neve: cobre nossas mágoas e nossas falhas, completando-nos. O perdão é como o oceano: esconde-nos na profundeza infinita do amor.
O perdão é como a chuva: lava a culpa e a vergonha, tornando-nos limpos novamente. O perdão é como o vento: sopra para longe a sujeira e a imundície. O perdão é como a neve: cobre nossas mágoas e nossas falhas, completando-nos. O perdão é como o oceano: esconde-nos na profundeza infinita do amor.
Perdoar, porém, é difícil. Quando alguém nos faz algum mal, nossa inclinação natural é exigir olho por olho, dente por dente. Às vezes parece que perdoar é ser benevolente demais com o pecado e o pecador.
Somente poderemos perdoar verdadeiramente (o perdão que não mantém um registro dos erros cometidos contra nós) ao experimentarmos o perdão maravilhoso que a graça oferece. Ao entendermos a grandiosidade da misericórdia de Deus por nós, qualquer erro que alguém venha a cometer contra nós perde a intensidade pela comparação. O perdão de Deus nos liberta para estender o perdão a outros. “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Ef 4:32).
Há algum tempo, eu estava em meu escritório ouvindo boquiaberto as palavras do homem à minha frente. O pastor Amon Rugelinyange, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Ruanda, serenamente narrou os eventos ocorridos em seu país durante o genocídio de 1994, em que 800.000 pessoas foram assassinadas durante 100 dias de violência. Entre essas pessoas estavam a esposa do pastor Rugelinyange, seus três filhos e nove netos.
Essa história, por mais horrível que seja, não foi a causa de minha admiração. Aquele sincero e humilde homem de Deus falou sobre o perdão. Falou de sua luta para perdoar os assassinos de sua esposa e de seus queridos. Falou também que o fato de Deus nos perdoar o capacitou a oferecer o perdão aos autores dessa atrocidade. Descreveu como a igreja que ele lidera se tornou um meio de reconciliação, especialmente para os prisioneiros, muitos dos quais são assassinos, alcançando grande número de pessoas pela graça de Cristo. Uma irmã que viu o marido ser açoitado até a morte e que foi deixada para morrer, mas sobreviveu, mais tarde perdoou o assassino e o levou para morar em sua casa, “adotando-o” como filho.
José chorou diante do pedido de perdão dos irmãos, que mentiram a respeito do pedido do pai. José chorou, pois já lhes havia perdoado.